18/10/2012 12h06 - Atualizado em 19/08/2015 10h31

Detran|ES lança campanha "Motociclistas" nesta sexta-feira (19)

Pilotar uma moto pode parecer sinônimo de liberdade, mobilidade e economia de tempo no trânsito. Para muitos motociclistas é. Mas também pode ser um grande perigo quando a legislação e o uso de equipamentos de segurança não são respeitados. Prova disso são os 11.500 acidentes registrados no primeiro semestre deste ano, sendo 2.773 envolvendo motociclistas. Destes, 1.920 foram acidentes com vítimas fatais ou parciais.
Como então reduzir o número de acidentes e de vítimas em um Estado onde o número da frota de motocicletas chega a 411 mil e o número de condutores habilitados para dirigir moto chega a meio milhão de pessoas? Além da rotineira fiscalização nas ruas e estradas, da discussão sobre provas mais rigorosas na habilitação dos condutores e da exigência de novos equipamentos de segurança para motociclistas, o Detran|ES lança, nesta sexta-feira (19), a campanha publicitária "Motociclistas".

O material da campanha, que fica no ar até o dia 19 de novembro, será voltado para três públicos específicos: motoboys, que utilizam moto para o trabalho diário; motociclistas do interior e motociclistas amadores. A campanha conta com comerciais de TV, rádio e cinema, busdoor e ações promocionais.

O diretor geral do Detran|ES, Fábio Nielsen, explica que a campanha nasceu da necessidade de falar diretamente para os motociclistas. "Estamos perdendo jovens, pais de família e trabalhadores em plena idade produtiva, por conta de acidentes com moto, sem contar os condutores que sobrevivem, mas ficam com algum tipo de sequela. Queremos mostrar que a moto pode ser um ótimo meio de transporte, desde que seja utilizada com respeito às leis de trânsito", disse.

Até junho de 2012 foram registradas 234.168 infrações de trânsito no Espírito Santo. Em geral, as infrações mais cometidas pelos motociclistas são, além de excesso de velocidade, conduzir sem capacete ou sem habilitação.

Saúde

Os acidentes de moto também representam um grande impacto na saúde pública. Os hospitais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) têm registrado uma alta taxa de ocupação de seus leitos com vítimas de trânsito, que pode chegar a 80% em alguns hospitais.

De acordo com estimativa da Sesa, o custo mensal destes pacientes é de R$ 6, 6 milhões nos Hospitais Estaduais São Lucas, em Vitória, e Dório Silva, na Serra. O gasto elevado se deve à gravidade das vítimas e ao tempo de internação maior, que compromete, inclusive, a rotatividade dos leitos.

Há situações em que o valor pode chegar a R$ 2,8 mil por pessoa/dia, superando a média mensal de R$ 11 mil gastos por paciente. Os atendimentos clínicos custam em média R$ 4 mil. No entanto, o custo destes pacientes pode ser ainda maior se for comprado um leito na rede privada. A diária de um leito de UTI, por exemplo, custa R$ 1.690.

De 2006 a 2011, o Samu 192 registrou um aumento de 269% no atendimento a pacientes de acidentes de trânsito. Já os acidentes de moto aumentaram 1.540%. Foram contabilizados no ano passado 6.886 atendimentos a motociclistas pelo Samu, dentro de um universo de 12.418 atendimentos de acidentes de trânsito. Neste ano, de janeiro a setembro, os acidentes de moto representaram 67% dos atendimentos de trânsito. Foram 5.861 atendimentos somente a motociclistas.

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